quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Marionetes

Vejam são bonecos dançantes
Ao raiar da alvorada, radiantes
Tontos esnobes a rodopiar
Em sinfonias loucas de ludibriar

Move-se iminente o braço
Erguido por um cabo de aço
Move-se tal como um louco
A cada arquejar do ventríloquo

E não se foram as emoções
Apenas cansou da ilusão
De viver sem um coração

Sim um coração ele quer selar
De carne e sangue vivo a pulsar
Na artéria preliminar a magia de amar!

By Thom Freitas

Tributo ao poeta

Poetas são mesmo, filhos da pureza
Trazem ao mundo filhos do seu próprio ser
De um simples estilhaço de verso faz nascer
O sentindo da vida, a beleza da natureza

Ora sensíveis, ora mortais
Mais sempre concisos, não esquecem aqueles
Que revelaram ao mundo a beleza dos seres
Também a pureza dos animais!

Cada verso em si nasce como um filho
Vem do intimo distinto, dispara como um gatilho
Que está no profundo da alma e não cessa já mais!

Nem mesmo os constringe a idéia de amar
Seus versos e prozas sempre a declamar
Os poetas ao certo são seres imortais!

By Thom Freitas

segunda-feira, 24 de março de 2008

O alquimista



O alquimista
Não sou do nada a obra perfeita!
Nem tenho nas vísceras o segredo da matéria
O que tenho são versos pulsando na artéria
E falo do amor que em meu peito palpita

Sou rocha sou vento, sou fúria e ternura

A obra que o tempo em decalque rascunha
Epidêmica alma que ao tempo se opunha
Em força vibrante sou eu aventura!

Achei um segredo, não sou visionário

Não sou nem aquele, que espera a herança
Sou eu sonhador e me chamo esperança!


As forças ao certo em momentos se findam
Com a vida sedenta da nova conquista
Ao certo sou eu um pequeno alquimista!
By Thom Freitas

segunda-feira, 17 de março de 2008

A Sombra



A Sombra


De onde vens escura e nebulosa?
Tu que o solo habita e nele rasteja
Que em cada raiar do silêncio harpeja
A melodia angelical e chora silenciosa!


E porque me diz estar onde não estou?
Porque me enganas desta forma?
Se é de mim que procede fria e sem norma
Aquilo que me parece ser o que não sou!


Desbravo o interior, o oculto e o abstrato
Em meu leito absconso rolo visionário
Na força ambígua reprimida ao contrário


Pois que em não estar em mim
Mergulho sem medo naquilo que assombra
E nisso esqueço-me um dia quem sabe que és raquítica sombra!


By Thom Freitas

sábado, 15 de março de 2008

A tempestade



A tempestade

Estrondoso, misérrimo e rotatório
Recolho-me ao leito em severo descanso
Em sonhos o ouço recordo e danço
Nas rampas epidêmicas de um ambulatório

São migratórias essas correntes
Tapetes de anil bolhas de ar quente
Espantoso som, nos tímpanos da gente
Melodia celestial dos seres onipotentes!

Do nada vem simultâneo também o clarão
Reflexos do espelho viram-me e apago
O flash radiante do ultimo relâmpago!

É assim a natureza, mostrando seu bruto rojão
Revelando ao homem pensante, seu intimo linear
Trazendo a esse mundo sedento, águas de se banhar!

By Thom Freitas

terça-feira, 11 de março de 2008

Despertar/Devaneios



Despertar/Devaneios

Partam de minha presença os loucos,
Aproximem-se os irônicos, sábios e críticos
Pois o que ouviram são mais que gritos!
São fontes de lava ferventes, em áurea de versos envoltos!

A saber, é arte mais que milenar
Vem do bruto encéfalo, o papiro rabiscar
Num ritmo frenético de alucinar
O segredo dos povos antigos de arte peculiar!

E não o detenhas, pois fala com trepides
Nada o constringe nem ao certo o contém
Pois não fala do bom e bonito apenas o que lhe convém!

Sua mente alçou em vôos desvairados
Seu coração em flerte logo alcançou
A idéia que tão loucamente sem querer ele abraçou!

By Thom Freitas

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sonho de Ícaro



Sonho de Ícaro



São asas de ilusão e um sonho real!
Quem me dera como águia às alturas ganhar
Vencer a força gravitacional e livre voar
Bem alto, além desse espaço num vôo imortal!

Há se fossem asas reais
Quisera eu há tempo nelas encontrar
A força substancial e rotatória que esta no ar
E das alturas sem tempo nem pressa retornar jamais

Mais como subirei ao céu?
Se de lá nebulosa vem à luz e o calor
Que tão avassalador derrete-me as asas cera e vapor

Sim é esse o vôo existencial!
Ainda que não me encontre às alturas
La está minha presença, formando noturnas figuras!

By Thom Freitas