
A Sombra
De onde vens escura e nebulosa?
Tu que o solo habita e nele rasteja
Que em cada raiar do silêncio harpeja
A melodia angelical e chora silenciosa!
E porque me diz estar onde não estou?
Porque me enganas desta forma?
Se é de mim que procede fria e sem norma
Aquilo que me parece ser o que não sou!
Desbravo o interior, o oculto e o abstrato
Em meu leito absconso rolo visionário
Na força ambígua reprimida ao contrário
Pois que em não estar em mim
Mergulho sem medo naquilo que assombra
E nisso esqueço-me um dia quem sabe que és raquítica sombra!
By Thom Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário