sábado, 15 de março de 2008

A tempestade



A tempestade

Estrondoso, misérrimo e rotatório
Recolho-me ao leito em severo descanso
Em sonhos o ouço recordo e danço
Nas rampas epidêmicas de um ambulatório

São migratórias essas correntes
Tapetes de anil bolhas de ar quente
Espantoso som, nos tímpanos da gente
Melodia celestial dos seres onipotentes!

Do nada vem simultâneo também o clarão
Reflexos do espelho viram-me e apago
O flash radiante do ultimo relâmpago!

É assim a natureza, mostrando seu bruto rojão
Revelando ao homem pensante, seu intimo linear
Trazendo a esse mundo sedento, águas de se banhar!

By Thom Freitas

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo!'

Cigano Paraense disse...

Thom, meu caro!
As palavras que usamos em nossas vidas servirão de refúgio à humanidade, pois os momentos em que lhes vier a solidão, poderão beber das nossas idéias para que saibam amar.
Parabéns!
P.S. Vamos tocar poesias...Abraços de um Tzigane Alado...Um sábado lindo de Belém/PA.